«As referências na nomenclatura geográfica à existência da "Insula Septem Civitatum", que significaria Ilha das Sete Tribos ou Ilha dos Sete Povos, mas acabou fixada nas línguas modernas em Ilha das Sete Cidades, cujos nomes são Aira, Antuab, Ansalli, Ansesseli, Ansodi, Ansolli e Con, datam das fontes clássicas latinas, provavelmente incorporando tradições mais antigas dos povos mediterrâneos, nomeadamente dos maiores navegadores da antiguidade europeia, os fenícios. No latim, civitas não significa apenas cidade, mas a colectividade dos cidadãos de determinada comunidade.
O primeiro documento ibérico referente às Sete Cidades é uma crónica em latim da cidade de Porto Cale (a moderna cidade do Porto), aparentemente escrita, cerca de 750 AD, por um clérigo cristão. Nessa época, o reino ibérico dos Visigodos já tinha entrado em colapso, sob a pressão da invasão muçulmana (iniciada em 711 AD) que avançara inexoravelmente até ao norte peninsular. O arcebispo de Porto-Cale, querendo esquivar-se à dominação muçulmana, deliberou partir para a grande terra das Sete Cidades (Sete Civitates) que os marítimos lhe asseguravam existia no meio do oceano ocidental. No ano de 734, o arcebispo, acompanhado por outros prelados, aos quais se juntaram cinco milhares de fiéis, embarcou-se numa frota de vinte veleiros.
Apesar da crónica narrar que a frota chegou sã e salva ao seu destino, e que muita gente se preparava para a seguir, na verdade o rasto do bom arcebispo, se alguma vez ele existiu, perdeu-se totalmente na noite dos tempos.»
O primeiro documento ibérico referente às Sete Cidades é uma crónica em latim da cidade de Porto Cale (a moderna cidade do Porto), aparentemente escrita, cerca de 750 AD, por um clérigo cristão. Nessa época, o reino ibérico dos Visigodos já tinha entrado em colapso, sob a pressão da invasão muçulmana (iniciada em 711 AD) que avançara inexoravelmente até ao norte peninsular. O arcebispo de Porto-Cale, querendo esquivar-se à dominação muçulmana, deliberou partir para a grande terra das Sete Cidades (Sete Civitates) que os marítimos lhe asseguravam existia no meio do oceano ocidental. No ano de 734, o arcebispo, acompanhado por outros prelados, aos quais se juntaram cinco milhares de fiéis, embarcou-se numa frota de vinte veleiros.
Apesar da crónica narrar que a frota chegou sã e salva ao seu destino, e que muita gente se preparava para a seguir, na verdade o rasto do bom arcebispo, se alguma vez ele existiu, perdeu-se totalmente na noite dos tempos.»